Conheça os tipos de cáries e os riscos para sua saúde!

A cárie é uma das doenças bucais mais comuns nos consultórios odontológicos e pode afetar pessoas de qualquer idade. Mas você sabia que existem diferentes tipos de cáries e que elas se classificam conforme a parte do dente afetada e as características do problema?

De qualquer forma, seja qual for o tipo dessa lesão, ela precisa ser tratada com cuidado. Afinal, no começo, pode não manifestar incômodos, mas se não for eliminada, pode até mesmo levar à perda do dente. Além disso, as cáries sempre se formam a partir da mesma causa, sendo o resultado da ação de bactérias.

Já que esse problema é tão comum, preparamos este artigo para que você saiba mais sobre ele e da importância de fazer o tratamento para que não ocorram complicações. Vamos começar?

Como as cáries se formam?

A nossa boca contém milhões de bactérias, mas é possível conviver com elas sem que provoquem qualquer desequilíbrio para a saúde. Isso depende, em especial, da adoção de bons hábitos de higiene e de uma alimentação equilibrada.

Quando ingerimos muito açúcar, amidos e carboidratos simples, por exemplo, existe uma propensão maior para a formação da placa bacteriana. Ela é que vai favorecer a manifestação dos diferentes tipos de cáries.

A placa demora algumas horas para se formar, mas a cárie leva um pouco mais de tempo, algumas semanas no caso. Sua evolução acontece, até mesmo, em meses, por isso, a persistência dos hábitos inadequados é o que favorece essa doença bucal.

Quando a placa bacteriana não é eliminada corretamente, há uma proliferação excessiva de bactérias. Elas se alimentam desses resíduos e, durante o processo de fermentação deles, liberam ácidos. São essas substâncias que agridem o esmalte dentário, levando às lesões.

No começo, a cárie é apenas uma mancha esbranquiçada e fosca na superfície do esmalte dentário. Se não tratada nesse estágio inicial, o esmalte é corroído e se formam buracos nele, que tendem a aumentar, caso não haja uma intervenção.

Quando esses buracos ainda estão na superfície do esmalte, o único sintoma que se percebe é um ponto escuro no dente. Quando a lesão se torna mais profunda, atingindo a dentina ou a polpa dentária, a pessoa começa a apresentar sensibilidade e dor de dente, com ou sem dificuldade e dores na hora de mastigar. Como aquela dor chata ao beber algo gelado ou comer uma sobremesa, sabe?

Quais são os 4 tipos de cárie?

Como explicamos, os tipos de cárie são classificados conforme as características da lesão, sendo o local do dente que foi atingido e o modo como esse problema se manifesta. A seguir, você confere as variações desse problema.

1. Cárie coronária

É a lesão cariosa mais comum. O ataque das bactérias acontece na região da coroa do dente, parte que tem contato com os alimentos. Costuma ser uma cárie superficial, por isso, seu tratamento é mais simples, além de ser facilmente identificada, tanto pelo paciente quanto pelo dentista.

2. Cárie radicular

Diferente da coronária, a cárie radicular fica mais escondida. Isso, porque afeta a região da raiz dos dentes. No geral, manifesta-se em pessoas adultas e idosos, em razão da retração gengival, que deixa a porção radicular mais exposta e suscetível à placa e às bactérias.

A cárie radicular é um quadro mais grave do que a coronária porque a raiz do dente não é protegida pelo esmalte. Assim, a deterioração desse tecido acontece mais rapidamente, além de provocar sintomas mais intensos.

3. Cárie profunda

Pode ser classificada como cárie profunda ou cárie aguda aquela que atinge a polpa dentária. Em alguns casos, é uma lesão coronária que toma grandes proporções e afeta os tecidos internos do dente. Em outros, uma pequena trinca ou um ponto minúsculo favorece a penetração dos microrganismos nessa porção dentária.

Uma cárie com essas características pode levar à manifestação da pulpite, uma inflamação da polpa do dente. Além disso, se não tratada, existe a possibilidade de necrose desses tecidos, exigindo a realização de um tratamento de canal para que o dente não seja perdido.

4. Cárie recorrente

Existem casos em que a lesão cariosa se manifesta sempre no mesmo lugar, caracterizando a cárie recorrente. Ela vai acometer, por exemplo, os locais com maior propensão para o acúmulo de placa bacteriana, como áreas que já passaram por restaurações e onde estão instaladas próteses fixas. Por isso, são mais comum em adultos e idosos.

O que acontece com a cárie não tratada?

tipos de cárie

Perceba que a placa bacteriana consegue se formar na superfície do dente, mesmo sendo mais lisa. Agora, imagine quando as bactérias começam a agir e formam uma cavidade. Os resíduos de comida ficam presos ali com mais facilidade, e isso possibilita ainda mais alimento para esses microrganismos.

Sendo assim, um quadro de cárie não tratado tende a agravar cada vez mais. A lesão vai se estendendo por todo o dente, e mesmo a coronária pode se tornar muito grave, escavando todo o esmalte e atingindo a dentina e a polpa.

Os diferentes tipos de cárie, quando não são tratados, comprometem a estrutura do dente, fazendo com que ele seja perdido. No caso da lesão que atinge a raiz, existe a possibilidade de manifestarem inflamações ou infecções nos tecidos periodontais, desencadeando gengivite, periodontite e abcessos.

Quadros mais severos como esse podem, até mesmo, trazer complicações para o organismo. Afinal, as bactérias presentes nessas inflamações e infecções penetram a corrente sanguínea e se espalham para outros órgãos.

Como funciona o tratamento e a prevenção de cáries?

O tratamento dos tipos de cárie varia de acordo com a gravidade da lesão. Aquelas mais superficiais são removidas pelo dentista, que faz a higienização do local eliminando todas as bactérias e, em seguida, restaura o esmalte.

Quando a polpa dentária é afetada, pode ser necessário fazer o tratamento de canal, a fim de remover os tecidos lesionados ou necrosados e conter a inflamação. Já nos casos de cáries muito extensas, que comprometem a estrutura do dente, são necessárias intervenções mais complexas.

Além de fazer a remoção dos tecidos doentes, é preciso reconstruir o dente, logo, a restauração direta não é suficiente. É confeccionada uma coroa dentária, prótese que é colada sobre o remanescente do elemento dentário para fazer a proteção dele e garantir a estética e funcionalidade.

Embora a cárie tenha cura, o ideal continua sendo fazer a sua prevenção. Ela é muito simples, basta adotar alguns hábitos e medidas saudáveis, como:

  • evitar o consumo excessivo de açúcar;
  • moderar o consumo de amidos e carboidratos simples;
  • escovar os dentes após cada refeição, no mínimo, duas vezes por dia;
  • usar o fio dental a cada escovação;
  • preferir um creme dental enriquecido com flúor;
  • beber bastante água;
  • evitar alimentos e bebidas muito ácidos.

Algumas pessoas gostam de complementar a higiene finalizando com o enxaguante bucal. Se for o seu caso, prefira produtos que não contenham álcool, pois essa substância resseca a mucosa bucal. Além disso, use moderadamente para não prejudicar as bactérias boas presentes na boca.

Não se esqueça, ainda, de passar por consultas periódicas com um dentista de confiança. Ele vai complementar os cuidados que você tem em casa, além de observar a saúde da sua boca e identificar possíveis sinais de problemas antes que se agravem. O ideal é a cada quatro meses, combinado?

Lembrando que a prevenção dos diferentes tipos de cárie é basicamente a mesma, mas é importante passar pela avaliação com o especialista, para que ele possa identificar fatores de risco em seu caso. Assim, dará melhores recomendações para que você cuide bem do seu sorriso e não desenvolva esse problema.

Já que a prevenção da cárie é, principalmente, uma boa higiene bucal, confira o jeito certo de realizá-la!

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