As dúvidas sobre implante dentário são muito comuns e giram em torno de como é feita a cirurgia, as etapas do tratamento, se é doloroso ou desconfortável, os riscos de rejeição, entre outros. Isso tudo traz insegurança e até mesmo medo de implante.
Por isso, é muito importante buscar informações e esclarecer as dúvidas sobre implante dentário a fim de sentir mais segurança na hora de realizar o procedimento. Também é uma atitude válida para encontrar um profissional experiente e de confiança — é assim que você alcança excelentes resultados funcionais e estéticos.
Pensando nisso, conversamos com um especialista, o dentista Moisés da Silva Suzart, franqueado Odontoclinic em Feira de Santana (BA) e pós-graduado em implantes. Ele ajudou a produzir este artigo respondendo as perguntas mais comuns sobre o tratamento. Continue lendo e confia tudo que você precisa saber!
O que é um implante dentário?
O implante dentário é um procedimento que substitui um dente quando ele é perdido ou precisa ser extraído. Utilizamos um pino, geralmente feito de titânio, para confeccionar uma raiz artificial, fixada no osso no qual a raiz natural fica presa.
Sobre ele, é encaixada uma prótese de modo a substituir a coroa. Ela tem características similares às dos dentes naturais. O pino implantado se mantém fixo na boca para ser envolvido pelo osso e não sair mais dali. Sendo assim, podemos dizer que é um tratamento definitivo.
O objetivo do implante é substituir um ou mais elementos dentários, de maneira que a pessoa recupere a funcionalidade dos dentes perdidos (como mastigação, fala e até mesmo respiração) e também a estética do sorriso, completando a arcada.
Quais são as indicações do implante dentário?
Não existem muitas dúvidas sobre implante dentário em relação à indicação principal, pois ele substitui um dente faltoso. Porém, algumas pessoas não sabem que, com esse procedimento, podemos substituir apenas um dente, vários ou todos.
Isso é possível porque há diferentes tipos de implante. O dentista Moisés explica que os unitários são aqueles que fazem a substituição de um dente só, os parciais substituem uma parte da arcada e os totais são para os pacientes que perderam todos os dentes.
Dá para instalar um implante na arcada superior ou inferior. Ele também é indicado tanto para os dentes das regiões mais ao fundo da boca quanto para a área mais à frente, que fica visível quando sorrimos.
Entretanto, existem casos em que o implante dentário não é indicado. Estamos falando de quem ainda não completou o desenvolvimento ósseo (crianças e adolescentes) ou de quando existe algum fator que pode comprometer o tratamento.
Nesses casos, há um risco de o procedimento não ser bem-sucedido, seja de o implante não osseointegrar adequadamente ou o enxerto não ficar bom. “Outro ponto é quando o paciente tem taxas desreguladas de saúde, como diabetes ou osteoporose avançada, sem acompanhamento médico”, explica o profissional. Problemas de infecção e outras doenças na boca também devem ser analisados.
Como funciona o implante dentário e quais são as suas etapas?
Segundo Moisés da Silva Suzart, o processo de colocação de implante varia, mas há um padrão na primeira fase. “Fazemos um diagnóstico e um planejamento, com exame clínico, de imagem (radiografias e tomografias), avaliação física do paciente e anamnese”.
São solicitados exames básicos em qualquer tipo de cirurgia, sendo os laboratoriais e de avaliação cardiológica. Isso porque é preciso conhecer a saúde bucal e orgânica do paciente a fim de verificar se o procedimento é viável. Quando os fatores estão favoráveis, é agendada a cirurgia.
A cirurgia de implante
Ela pode ser realizada em ambiente ambulatorial com anestesia local. É feita uma pequena abertura na gengiva para expor o osso. Utilizando brocas cirúrgicas, é aberto um canal onde o pino será posicionado. Nesse caso, é possível escolher duas técnicas: cirurgia convencional ou cirurgia guiada (sem corte).
Cirurgia convencional
Nessa técnica, um retalho da gengiva é aberto para expor o osso. O pino é fixado e a gengiva fechada de modo a aguardar a osseointegração e fazer a reabertura. Nessa etapa, que acontece alguns meses depois da primeira cirurgia, a gengiva é aberta mais uma vez para expor o implante e fixar a prótese.
Cirurgia guiada
Utiliza um tipo diferente de bisturi, que faz uma abertura circular na gengiva expondo apenas o espaço necessário ao inserir o implante. É confeccionado um guia cirúrgico para auxiliar o implantodontista na fixação precisa do implante, tanto em sua localização quanto na angulação.
Osseointegração
Após a cirurgia para fixar o pino, ocorre o processo de osseointegração, quando o osso se regenera e envolve o implante. Logo, ele se tornará parte do conjunto que sustenta os dentes. Trata-se da cicatrização do tecido ósseo.
De acordo com Moisés, esse processo pode demorar 30 dias ou até 6 meses, dependendo do tipo de implante escolhido e da região tratada. Mas, em alguns casos, é possível optar pelo implante com carga imediata, sem a necessidade de esperar ser integrado.
“Quando a estrutura óssea é boa, conseguimos fazer a instalação de uma prótese (coroa) provisória imediatamente. Então, logo após a cirurgia, a gente instala essa prótese de carga imediata”, explica o especialista.
Confecção da prótese
Durante o planejamento do implante, é definida como será a prótese utilizada pelo paciente, com base nas características dos demais dentes e da face, de um modo geral.
A aparência dela é projetada em um programa de computador. O projeto é enviado ao laboratório, que fabrica o dente — a prótese parcial ou total em um material resistente e que confira naturalidade, como a porcelana. Essa fase pode acontecer em momentos diferentes, conforme a técnica que foi utilizada e a recuperação de cada pessoa.
Dr. Moisés contou que uma das dúvidas sobre implante dentário envolve a falta de dente durante o tratamento. Algumas pessoas acreditam que vão permanecer os meses da osseointegração sem o dente, mas não é bem assim.
“O paciente vai continuar usando a prótese antiga, se tiver condição de uso, ou vamos orientar para fazer uma prótese provisória, de modo que ele a utilize durante o tratamento, seja para a estética ou para a parte mastigatória e funcional”, afirma.
Quais são os riscos do implante dentário?
Com relação aos riscos da cirurgia de implante, o especialista explica que eles são os mesmos que qualquer outro procedimento cirúrgico, mas podem ser evitados. “Seguindo o passo inicial, de um bom diagnóstico e planejamento, esses riscos são reduzidos, tanto de saúde do paciente quanto de insucesso”.
Contudo, o risco de rejeição também está entre as principais dúvidas sobre implante dentário. Essa é uma das preocupações do paciente, perder todo o tratamento porque não houve osseointegração — mas é aqui que entram os cuidados com implante.
Você viu que para dar início ao tratamento é feita uma avaliação completa do paciente, com o intuito de minimizar os riscos. Porém, muito depende dele mesmo, adotando as recomendações no pós-operatório e enquanto espera a regeneração óssea.
É preciso fazer uma ótima higienização bucal para que não ocorram inflamações e infecções. Também é importante poupar ao máximo a área operada a fim de garantir total estabilidade do implante.
A osseointegração, como explicamos, é um tipo de cicatrização, por isso, o implante precisa estar parado, totalmente estático e sem receber esforços, para que o osso consiga envolvê-lo. Então, é necessário ter essa consciência e evitar o que possa dificultar esse processo.
Também precisamos ressaltar que o organismo não rejeita espontaneamente o implante, porque ele é confeccionado em um material biocompatível. Ou seja, o sistema imunológico não o entende como um corpo estranho.
O papel do implantodontista no sucesso do tratamento
Outro ponto é quanto à atuação do profissional, parte fundamental em garantir o sucesso do tratamento. Ele precisa fazer uma ótima avaliação do paciente, planejar o procedimento de maneira acertada e escolher a melhor técnica.
Durante a cirurgia, seu dentista deve realizar um excelente trabalho, respeitando as suas características naturais. É isso que garante o sucesso do procedimento. Assim, você precisa contar com um especialista que apresente boa reputação e credibilidade no mercado.
Agora, caso o dente ainda vá ser extraído, o cuidado começa nesse momento. “Quando a extração é feita sem planejamento, sem visualizar a questão do implante, a tendência é que precisemos de enxerto lá na frente, porque o osso vai sendo perdido, comprometendo a estrutura estética do paciente. Ou seja, se precisar de extração, é bom já planejar a reposição de imediato”, sugere o implantodontista da Odontoclinic.
Conseguimos esclarecer suas dúvidas sobre implante dentário? Esse tratamento é uma excelente alternativa em solucionar definitivamente a falta de dentes, mas ele precisa ser realizado por um bom profissional, a fim de que essa parceria entre especialista e paciente contribua com o sucesso do procedimento.
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